Caso real: Meu pai me deixou morrer
Muitas ideias costumam vir no meio da noite, logo antes de dormir ou quando acordo no meio do sono. Anoto pra não esquecer e numa dessas noites, essa primeira lembrança veio à tona. Depois, outras se seguiram. Muita história pronta pra ser contada, e constatei que a verdade pode ser bem mais estranha ou interessante que a ficção, com a qual venho experimentando. Então porque não experimentar também, neste lugar que agora tenho para expor meus textos, com essas narrativas sobre a minha vida? Como boa mineira, adoro um causo e contar casos também é algo que gosto muito na linguagem oral, então acho válido experimentar usar a linguagem escrita também. Penso que essa sessão de casos reais vai trazer à tona muita coisa guardada que vale ser contada. Não vivi de mais nem de menos e por isso mesmo, tenho algumas coisinhas pra falar. A primeira história é sobre como meu pai me deixou morrer.
Sim, ele me deixou morrer. Não no sentido figurado, não! De verdade! (Embora, ah! Não por querer, eu espero, ele tenha me deixado morrer várias vezes de maneira figurada também. Mas isso é caso pra minha psicóloga, por enquanto!) E olha, pra acrescentar um plot twist, ele era minha mãe (provavelmente)!
Essa história só faz sentido se você crê um pouquinho em coisas não tão fáceis de se provar tipo reiki e vidas passadas, tá bem? Então vamos lá: Eu tenho problemas com amor como vocês já devem estar cansades de saber, MESMO QUE ESSE BLOG AINDA TENHA SEMANAS DE VIDA! E eu já fiz de tudo, tudo mesmo, pra tentar resolver isso: psicóloga, constelação familiar, floral, homeopatia, reiki. Reiki é uma espécie de terapia energética que utiliza imposição de mãos para curar questões físicas, espirituais, emocionais, ou assim me explicaram e eu só fui porque... tá difícil, e sempre foi.
E aí eu estava lá fazendo uma sessão pra curar meu chakra do coração. Eu sempre dava aquela cochilada gostosa pois a musiquinha relaxante, os olhinhos fechados e o tempo ali sem fazer nada enquanto seus outros corpos vão se curando em outros níveis pede, né? Aí eu acordei, me espreguicei e o terapeuta falou que viu uma imagem curiosa. Ele me narrou como viu duas pessoas, uma mulher adulta e uma criança, com roupas de inverno típicas de uma época pré-medieval. As duas pessoas entraram numa caverna congelada com estalactites pendendo do teto. Estava acontecendo uma tempestade de neve do lado de fora, mas aquele abrigo também não aguentou a fúria da natureza. O teto desabou e as duas morreram abraçadas. Devia ser imagem de alguma vida passada, ele disse. Fiquei um pouco impressionada, embora já tenham aparecido outros supostos trechos de vidas passadas que me tinham sido narradas antes. O que me tocou mais foi que a cena era de morte, embora eu não soubesse se eu era a mulher ou a criança e nem qual importância aquilo poderia ter na minha vida presente.
Minha família é toda ligada nessa vibe mística, então eu narrei a cena na hora do almoço, em casa. Meu pai, sentado à mesa ficou calado e quando eu acabei de contar, ele me olhou de olhos arregalados. "Eu também já vi essa cena quando fiz regressão", ele disse, "e eu era a mulher!"
Na hora, tantas coisas da nossa relação complicada fizeram sentido. É treta de outras vidas, por isso não vai ser simples nem fácil de resolver (Não tem sido fácil, não tem mesmo! Quando penso que vai ficar tudo bem, complica de novo sem eu ter muito controle disso). E eu ainda não descobri como isso tem a ver com a minha falta de vida amorosa. Na verdade, se a gente chamar o Freud pra dar uma analisada, dá pra encontrar relações entre essa cena e a minha solidão, mas não é nada claro e óbvio. Saber dessa cena não mudou muito da minha atual, mas é só o que eu tomo como prova de que vidas passadas existem. Ou alucinações coletivas, no caso sentidas por meu pai e o terapeuta, se isso não veio do passado.
Enfim, é isso. Só um casinho real, acredite se quiser!
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